Blog de um algarvio, nascido e criado em Olhão, orgulhoso da sua terra, adepto fervoroso do S.C.Olhanense, licenciado em Biologia pela Universidade do Algarve, e mestre em Biologia da Conservação pela Universidade de Évora.
Jorge Costa saiu da Luz de cabeça erguida, sobretudo pelo que a sua formação fez na primeira metade. Apesar da goleada sofrida e do afastamento da Taça da Liga, o treinador do comandante da Liga Vitalis sente-se ainda mais motivado para o grande desafio: levar o Olhanense de volta ao escalão maior do futebol nacional.
"Os nossos primeiros 45 minutos foram excelentes. Criámos várias ocasiões de golo, podíamos ter feito o 0-2 e, mais tarde, o 2-2. Na segunda parte, caímos um pouco. No geral, sofremos um golo de bola parada e dois em transição, sendo que o último foi um momento de classe do Di María. Jogámos sem complexos, fazendo pressão alta, perdendo por números exagerados", lamentou Jorge Costa.
Concentrado na subida, o treinador está optimista, mas sem pressas quanto à definição do seu futuro. "Saímos daqui muito motivados para nos concentrarmos na nossa luta e estou contente com os atletas que tenho. Renovação? Para mim é novidade. Há um longo caminho a percorrer, mas as pessoas estão satisfeitas."
(Aqui as classificações dos jogadores do jornal O Jogo)
O Olhanense começou por surpreender o Benfica mas acabou goleado no Estádio da Luz, por números que o treinador dos algarvios, Jorge Costa, não tem dúvida em considerar que não refletem o que se passou no relvado.
"Parabéns aos meus jogadores por 45 minutos muito bons, com muitas oportunidades de golo. Estivemos a ganhar 1-0, podíamos ter feito o segundo. Com 2-1, também podíamos ter empatado, mas depois caímos um pouco e cometemos alguns erros que, em alta competição, contra equipas como o Benfica, se pagam caro. Os números parecem-me exagerados", referiu o técnico em declarações à Sport TV.
Quanto ao futuro, Jorge Costa frisou que está satisfeito com as formas como estão a decorrer as coisas mas pouco mais disse. "Estou muito contente em Olhão, tenho um longo caminho pela frente, as pessoas também estão contentes comigo. Vamos ver o futuro", concluiu.
publicado por Ventura | Quinta-feira, 15 Janeiro , 2009, 13:04
4 - 1
E assim acabou o jogo mais esperado por todos os olhanenses. 4-1 foi o resultado (algo exagerado) final do jogo a contar para a 2ª ronda do Grupo C da 3ª fase da Taça da Liga, acabando com as réstias de esperança de passar à ronda seguinte.
O S.C.Olhanense entrou muito bem, produzindo uma primeira parte fora de série. A provar pelo golo madrugador do grande Djalmir logo aos 13'. Numa boa jogada de entendimento entre Bruno Mestre e Djalmir, que resultou num grande remate de Bruno, defesa incompleta de Moretto e recarga de Djalmir.
Foi ainda na 1ª parte que o Benfica deu a volta ao resultado. Igualou a partida com um golo de Nuno Gomes aos 25', após um excelente passe de desmarcação de Carlos Martins e falha da defesa algarvia. Acabou por dar a volta 4' depois após um livre marcado em frente à baliza olhanense por Jorge Ribeiro. A 1ª parte não acabou sem o S.C.Olhanense desperdiçar 4 oportunidades flagrantes de golo.
Na 2ª parte, o Benfica arrumou a partida com mais dois golos (um de Sidnei e outro de Di Maria). Aos 62', Katsouranis cruza pela direita, e Sidnei, sem oposição na área, a cabecear para o fundo das redes. E para piorar o cenário, Di Maria resolveu espanhar magia no relvado. Recebe a bola pela esquerda da área, passa por Marco Couto e faz um excelente chapéu a Bruno Veríssimo. Durante a 2ª parte, o S.C.Olhanense ainda teve algumas oportunidades de golo mas acabou por falhá-las todas.
Na minha opinião o resultado foi muito injusto, uma vez que pelas oportunidades falhadas merecia um melhor resultado (até mesmo na derrota). Gostei da atitude da equipa. Apenas a defesa mostrou muito nervosismo, mas marcar Cardozo, Nuno Gomes, Carlos Martins e Di Maria não é pêra doce.
O mister Jorge Costa apenas falhou em duas coisas. A manutenção de Marco Couto na totalidade da partida (a experiência do defesa central de 33 anos não se sobrepôs velocidade dos atacantes do Benfica) e a atrasada substituição de Toy por Lamardo. Toy já "não estava em campo" desde a parte final da 1ª parte e a entrada de Lamardo deu ainda algum fulgor à equipa, mostrando ainda alguns toques de referência frente aos defesas encarnados (será que temos uma pérola no banco que não sabiamos ou foi também o efeito Maradona?).
Quero, por fim, deixar aqui o meu total apoio à equipa de Olhão, que mostrou a alma e o orgulho do Algarve, e ao mister Jorge Costa por nos ter levado até a esta ronda num grande palco de futebol em Portugal!