De acordo com Peter Sharp, do Roslin Institute, apesar de já se saber há algum tempo que havia uma área do cérebro afectada pelas mudanças sazonais ainda não se conhecia o mecanismo exacto envolvido.
Os investigadores utilizaram um chip de DNA para examinar 28 mil genes de uma codorniz japonesa (Coturnix japonica), que foi exposta durante a investigação a quantidades de luz diferentes, numa simulação de dias compridos e curtos. Descobriram que os genes nas células da superfície do cérebro eram activados quando as aves recebiam mais luz.
Segundo o estudo, quando os genes são activados as células começam a libertar uma hormona que vai estimular a tiróide. Esta hormona, que inicialmente estava associada ao crescimento e ao metabolismo, estimula indirectamente a hipófise, uma glândula endócrina na base do cérebro, também conhecida por pituitária, que vai segregar hormonas gonadotrofinas.
De acordo com os investigadores, estas hormonas fazem com que os testículos das aves cresçam, o que leva os machos a começar a cantar para atrair as suas parceiras.
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